A Dirofilariose é a doença do verme do coração, uma zoonose causada pela Dirofilaria spp., um nematódeo que se torna um parasita quando entra no organismo dos cães. É causada por mosquitos como Aedes spp., Anopheles spp., e Culex spp., com desenvolvimento maior em clima quente e seco.
Quando um mosquito pica um animal contaminado, as larvas do verme são transmitidas ao inseto e começam a se desenvolver. Após, no instante em que o mosquito pica uma pessoa, cachorro ou gato, as larvas são postas no tecido muscular e se transferem à corrente sanguínea. Elas serão transportadas em direção ao pulmão e, quando os vermes crescerem, percorrerão o coração, adentrando em todo o órgão. E, a partir deste deslocamento, sinais da doença começam a se tornar cada vez mais frequentes com o decorrer dos meses, pois ela é silenciosa, principalmente nos primeiros 7 meses.
Nos gatos, o processo ocorre através da picada do transmissor que está com as larvas parasitárias no organismo, como o Aedes aegypti e o Culex. Entretanto, o verme não tem muita facilidade para se desenvolver no corpo dos felinos, muito menos consegue se reproduzir.
A Dirofilariose é muito mais complicada de obter diagnóstico porque o verme se sente “estranho” no organismo do gato. No entanto, por mais que esta doença seja rara nos gatinhos, não significa que eles não possam a desenvolver e os sintomas mais recorrentes são a perda de peso, apatia, respiração acelerada e muita tosse.
Dirofilariose em humanos
A Dirofilariose é uma zoonose que pode também acometer humanos. O processo de contágio é o mesmo que acontece nos cães e gatos e a melhor forma de prevenir é através do uso de inseticidas no domicílio, principalmente nas épocas mais quentes do ano, que começam em dezembro e se estendem até março, podendo chegar a maio, dependendo da região.
Quanto aos sintomas, o humano pode sentir dores na área torácica, muita tosse e expectoração de sangue. É possível que algumas pessoas permaneçam assintomáticas e descubram sobre a doença apenas através da radiografia de tórax.
Além disso, o diagnóstico é obtido apenas por exame histológico mediante coleta de amostragem cirúrgica. Portanto, a principal recomendação é ter atenção quanto aos criadouros de mosquito da dengue para eliminá-los, além de telar as janelas para impedir que entrem na sua casa.
Quais os princiapais sinais clínicos nos cães?
- Tosse;
- Letargia;
- Anemia;
- Fraqueza;
- Desmaios;
- Língua roxa;
- Pressão alta;
- Perda de peso;
- Sangue na urina;
- Batimentos cardíacos muito acelerados;
- Sons anormais da respiração, assim como no coração;
Eles podem apresentar um volume abdominal diferente do normal, além de possuírem líquido em excesso nos pulmões, gerando dificuldade respiratória e levar o pet a óbito.
Como prevenir?
É possível prevenir o aparecimento do agente responsável pela Dirofilariose através de pipetas como a Efipet ou coleiras com ação repelente como a Seresto, além de cuidar do ambiente com inseticidas e telas, assim o mosquito não consegue se aproximar do animal para se alimentar e se afasta.
Também pode ser recomendado pelo médico veterinário, a vacina Pro Heart, que na verdade é um antiparasitário injetável, à base de Moxidectina, indicado para cães a partir de 6 meses de idade e com reforço anual.
Esteja ciente que viagens à praia e interior, por mais agradável que seja, precisam de máxima atenção e cuidado. Isto porque o litoral é um dos principais locais que contam com Aedes aegypti – um dos transmissores da doença. As regiões mais acometidas no Brasil são: Goiânia (GO), Brasília (DF), São José do Rio Preto (SP), Votuporanga (SP) e Palmas (TO).
Vale ressaltar que a Sociedade Americana de Dirofilariose recomenda que pesquisas de antígenos circulantes e de microfilárias sejam realizadas anualmente, com intuito de verificar se a profilaxia está sendo eficaz.
Espero ter ajudado!